quinta-feira, 12 de julho de 2007

Memórias de um menino-soldado

Livro- As pessoas costumam dizer que já sabem sobre África. Sobre a fome das crianças e das guerras civis. Mas na verdade, ficamos sabendo de muito pouca coisa. É essa a sensação que fiquei após assistir a palestra do serra-leoense, Ishmael Beah na Flip desse ano. Seu livro, que acabou de ser publicado aqui no Brasil, é auto-biográfico e conta da sua infância e adolescência em Serra Leoa, antes, durante e depois da guerra. Para quem espera por uma estória qualquer de um menino na áfrica que viu tudo de longe, prepare-se. Aos doze anos teve que lutar pela sobrevivência com a guerra civil que o país enfretava. Fugiu dos rebeldes e foi separado da sua família, que como muitas outras, morreram de maneira curel pelos rebeldes. Quando conseguiu chegar a um lugar seguro logo foi recrutado pelo exército, que motivava os meninos falando que eles precisavam se vingar do que fizeram com as suas famílias. Era uma questão de sobrevivência, ou ele morria pelos rebeldes, ou morria de fome, e matar foi sua única saída. Por mais triste e chocante que seja essa estória, ela precisa ser lida, pois foi o quê aconteceu com muitos outros meninos, muitos que não viveram pra contar. Além disso, o livro é muito bem escrito. De devorar em dois dias.
Aí vão alguns trechos...
"Numa manhã que fomos a Matru Jong, enchemos nossas mochilas com cadernos cheios de letras de músicas que estávamos aprendendo em nossos bolsos. ... Como pretendíamos voltar no dia seguinte, não nos despedimos de ninguém nem contamos aonde iríamos. Não sabíamos que estávamos saindo de casa para não voltar mais."
" As aldeias que invadíamos e transformávamos em nossas bases... tornaram-se minha casa. Meu pelotão era minha família, minha arma era meu protetor e provedor, e minha lei era matar ou ser morto. Estávamos lutando havia mais de dois anos, e a matança tinha se tornado uma atividade diária. Eu não tinha pena de ninguém. Minha infância tinha passado sem que eu soubesse..."

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Vaca Véia

Lugar - Para esse próximo feriado, sugiro para o que ficarem,uma passadinha no bar Vaca Véia. Numa esquina charmosa, o bar é aconchegante e animado, e cheio de gente bonita. A comida é boa e vai de simples pesticos, à sanduíches e pizzas. A cerveja é de garrafa mas o que eu recomendo é uma caipirinha com um picolé Rochinha. Agradando à todo, a filosifa do bar, diz que Vaca Véia, significa mais ou menos, aproveitar a vida ao máximo. Além disso, ele sai do circuito óbvio da Vila Madalena. Ele fica no Itaim, na Rua Manuel Guedes, 199. Para mais informações visite o site, que dá um bom panorama do ambiente do bar. Marina Gurgel

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Ballet Real da Dinamarca

Foi uma temporada curtíssima e eu tive a sorte de poder assistir! Simplesmente maravilhoso. O Ballet Real da Dinamarca é tudo isso o que dizem e mais um pouco. Bailarinas apaixonadas e bailarinos apaixonantes. Ao contrário do que pensei, o Ballet Real traz números não só da Dinamarca, como também da Espanha, Itália e até mesmo Estados Unidos com direito à trilha sonora dos Beatles. Clássico e ao mesmo tempo contemporâneo! Alguns números são simples, outros extravagantes e outros cômicos. Mas todos são mágicos! Uma das melhores experiências que já tive até hoje! Chega a dar saudade deles no dia seguinte... Anna Gerner

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Lugar - Conhecida pelas crianças do bairro por “a casa da bruxa”, a antiga mansão da Avenida Angélica é hoje um lugar que não remete nem um pouco a poções e bruxarias. Se você nunca ouviu falar desse lugar não tem problema, pois o que conhecerá é um lindo bar chamado Salommão. Transformado pelas arquitetas Vera Mattos e Telma Gasques, suas donas, está aberto desde março desse ano. A casa do fim do século XX foi dividida em salinhas na parte interna da casa e uma alameda no antigo jardim de entrada. Desde as delicadas flores e árvores até a iluminação mais baixa dão o charme e o clima perfeito para ir à dois ou com os amigos. Para completar só o som no clima “um barzinho, um violão”. Para quem gosta de drinks sugiro uma Margarita, uma das melhores que já tomei. Aberto todos os dias exceto domingos. Cobram couvert artístico.
Avenida Angélica, 2435, Higienópolis.
Um quarteirão da Avenida Paulista.Tel: 3257-0390. - Luiza

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Filmes na TV para uma terça-feira fria

TV- Em dias frios de férias, nada melhor que se entregar à preguiça de ficar em casa. Como se tivesse dado uma espiadinha na previsão do tempo, o Telecine exibirá uma maratona de filmes bons na tarde de amanhã, terça-feira (26/6), deixando para os desocupados friorentos, apenas o trabalho de prepara o chocolate quente. Se esse é o seu caso, programe-se e já deixe o cobertor no sofá e delicie-se com o menu da tarde:

A vida é bela - Telecine Cult, 18:10

Capote - Telecine Premium, 18:10

Trainspotting - Telecine Cult, 20:20

O Abraço Partido - Telecine Cult, 22hrs

O Pequeno Buda - Telecine Cult, 23:50

Para aqueles que as férias são apenas as escolares e congelam as mãos junto ao teclado, confira a programção escolhida pelo Pseudo-Cult para os horários matutinos, noturnos e do fim-de-semana. Bons filmes. Marina Gurgel

segunda-feira, 18 de junho de 2007

FALE COM ELA

DVD - Uma dançarina em coma há quatro anos e um enfermeiro apaixonado. Uma toureira em coma há pouquíssimo tempo e um jornalista apaixonado. Esses dois homens apaixonados se cruzam nos corredores do mesmo hospital e suas vidas sofrem uma reviravolta depois desse encontro. “Fale com Ela” parece ser a resposta de Almodóvar para a eterna pergunta que todos os homens já fizeram na vida: “O que quer uma mulher?”. Benigno é um enfermeiro apaixonado que cuida de uma dançarina em coma há quatro anos. Durante esses quatro anos, Benigno conversou e contou histórias para a dançarina como se ela estivesse ouvindo tudo e os dois estivessem conversando normalmente. Benigno, ao encontrar com o jornalista recém chegado ao hospital, percebe sua tristeza e frustração ao ver a amada em coma e dá um único conselho a ele: “Fale com ela”. Acho que a pergunta que até Freud já fez e todos os homens repetem e repetem está brilhantemente respondida por Almodóvar. Fale com ela. Anna Gerner

sexta-feira, 15 de junho de 2007

S/Nº

Revista - Nessa terça-feira dia 12 foi o lançamento da edição número nove da REVISTA S/Nº. A cada edição é escolhido um tema, uma palavra para explocar em diferentes perspectivas. A desse semestre foi o SAL. A revista olha o tema pelos ângulos da fotografia, da moda, da literatura e tudo o que mostrar a cultura do Brasil, principalmente. Nas mãos dos editores Helio Hara e Bob Wolfenson, aquilo que poderia ser apenas uma idéia boa tornou-se uma obra de arte, e ler a revista é a arte de absorver olhares que chegaram em pensamentos inusitados, em ângulos incomuns misturaram o novo com o velho, e fizeram de um revista uma experiência quase que multisensorial. Uma revista com sal. A revista não têm site, e nada que se assemelhe com uam versão digitial. Talvez para manter a tradição do tempo certo de se absorver um foto, um pensamento, a revista não condiz que o formato comum de consumismo que a internet fornece. Bom passeio até a banca.
 
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