
Show - Neste final de semana acabou a temporada de 8 dias que reunia grandes pesquisadores do samba de terreiro - sambas feitos durante intervalos dos carnavais desde os anos 20 até as décadas de 60 e 70. No Teatro Fecap se apresentavam juntos Cristina Buarque e Terreiro Grande. Num show repleto de pout-pourris de seletos sambas de raiz, paulistanos mumificados resistiam ao simples movimento exigido por palmas ritmadas. Tentativas de animar o show não faltaram, mas nem o samba inédito de Candeia foi capaz de sacudir a platéia que contava com senhores um tanto mal-humorados. No palco, eram cerca de 16 pessoas formando uma meia-roda de samba. Cada um deles cantava toda e qualquer palavra que compunha a música num alto coro que mostrava que a aquilo era certamente, a vida deles. Na hora do bis, alguns levantaram, mas quem ficou foi privilegiado pelo clímax do espetáculo: cerca de 5 minutos de um bem-humorado Partido Alto. Mas nem a importância da pesquisa musical e cultural, nem a homenagem à velha guarda ou o coro ininterrupto de Terreiro Grande e Cristina Buarque despertaram o jovem dorminhoco de camisa vermelha na fila H.
Magê Flores
2 comentários:
Puts, os velhinhos eram muuuito mau-humorados! Reclamaram do "atraso" de 5 minutos com um protesto de palmas sincronizadas, hahaha...
Sobre a musica: A cristina não canta nada, tem uma voz muito estranha (talvez estivesse bêbada, pq tomava cerveja no palco... mas ela e o grupo que tocou sabem muito de samba. Pra mim o partido alto (quando eles fazem rimas de improviso estimulados pelo tema de um refrão) foi o ponto alto do show.
O medidor de shows deveria ser uma pessoa com nivel m´dio de sono. Se ela dormir, coloca um tom a mais na voz, pelo menos... Musica é pra ser ouvida, no fim das contas...
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