
Documentário - A linha de partida do filme é o imaginário rico e complexo de uma senhora de 63 anos. Mas o que conduz e enriquece ainda mais o documentário é que Estamira, mulher pobre, sofrida, que tira seu sustento do lixo e assim não dependa da família para sobreviver, fala, discursa o tempo todo. São suas idéias e reflexões que estão ali, sua interpretação sobre política e sobre Deus. Sua alucinação se mescla com lucidez. Estamira tem surtos psicóticos e nós somos jogados nesse universo particular. O documentário facilmente poderia cair na banalização da miséria, ou na simples estetização da pobreza, mas, ao contrário, Estamira é humanizada, tem vida. Para o filme de Marcos Prado é preciso mais do que simples compreensão, é necessário sensibilidade: Estamira está escancarada em sua humanidade completa e complexa, e fala sob os efeitos colaterais da desigualdade social brasileira. Luiza Delamare
6 comentários:
Se Estamira tem surtos psicóticos, o que são surtos psicóticos? O que é ser louco se Estamira vê além do óbvio?
Loucura? Esse é um conceito que vai além da minha compreensão e não me sinto capaz de classificar alguém assim. Repudio. Acontece que Estamira fala com lucidez, inteligência, fala do ser humano como poucos...e fala tb sobre toda a sua relação com pessoas que lhe fizeram mal. O que eu acho é que para qualquer nome que se dê ao que ela tem...distúrbio, alucinação...é reflexo do que foi a sua vida, e de maneira nenhuma apaga ou dimimui sua sabedoria. Ao contrário, Estamira é completa pq tem fragilidades, pq tem contexto, pq tem voz...
se é além d óbvio, é im, mas nnao faz parte do palno físico. E talvez tenha sido o ciema que estava muito frio, mas uma hora, tudo o que ela fala começou a ficar muito cansativbo e repetitivo. E quando o filme mostra o histórico dela, como ela era antes, o frio da sala pende muito mais pra uma mulhe influenciada por dores do passado no seu comportamento.
Poucas vezes vi um filme que se preocupasse tanto com o outro. Quando eu digo o outro, quero dizer...não o amigo do lado, não das relações do dia-a-dia. Talvez seja um pouco difícil mesmo ouvir com atenção alguém que não diz coisas "interessantes"...
E se as pessoas invisíveis ganhassem voz?
Luiza Delamare
E aí Lu
Putz, adorei o blog de vcs.
Tá com uma cara super bacana, as matérias são demais e a música é sensacional.
Parabéns, nota 10!
Estou engatilhando um brog tambem,
vamo ver o que vira...
vidadeviajante.blogspot
B´jos
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